Crítica ao filme Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica

 

   
   Onward, traduzido como Dois irmãos: Uma Jornada Fantástica é o novo fenômeno da Pixar. Em uma terra onde a magia e seres fantásticos dominavam o mundo, surge a tecnologia, facilitando a vida de todos e transformando o uso da magia em algo obsoleto. 
   Na trama, acompanhamos os irmão Lightfoot: Barley, o irmão mais velho, viciado em jogos de RPG e em história e Ian, o garoto tímido que quer apenas seguir os exemplos de seu falecido pai. Juntos, os dois entram em uma fantástica viagem estilo Road Trip em busca de reviver seu pai por um dia.
   Ian é originalmente dublado pelo ator Tom Holland, famoso pelo seu papel de Homem-aranha em filmes do mesmo nome. Enquanto Barley é dublado por Chris Pratt, famoso pelo papel de Senhor das Estrelas na saga de filmes Guardiões das Galáxias. No Brasil eles foram dublados por Wirley Contaifer e Raphael Rosatto, respectivamente. 
Tom Holland como Ian Lightfoot
Chris Pratt como Barley Lightfoot

 
   Sem muita surpresa, a Pixar novamente traz outro filme divertido e... extremamente triste.
   Sempre inovando com seus mundos peculiares (um mundo de monstros com Monstros S.A, de brinquedos com Toy Story ou em um futuro distópico como Wall-e), o estúdio consegue quebrar o clichê do mundo medieval mágico ao colocá-lo na contemporaniedade, ainda com unicórnios, manticoras, centauros e trolls.
   O filme consegue agradar o público de diversas idades. O público infantil pode se divertir e dar risadas com as piadas e os personagens carismáticos, enquanto os pais que levam seus filhos podem ter um pouco de nostalgia ao se lembrarem de aventuras e campanhas clássicas de jogos de RPG, como Dungeons & Dragons.
   A interação dos dois irmão é natural e, ambos, são extremamente carismáticos. Algo semelhante ou superior à relação entre Héctor e Victor em Viva: a vida é uma festa.
   O filme pode ser um pouco massante para quem não gosta de filmes estilo Road trip. Muitos empecilhos ou ameaças que aparecem como obstáculos não são dos melhores e parecem extremamente previsíveis, ou não apresentam um perigo muito grande para atrapalhar a jornada principal. Contudo, o final engaja e não desacelera, fazendo um clímax extremamente emocionanete. Além da aventura secundária da mãe viúva Laurey Lightfoot (dublada por Julia Louis-Dreyfus nos EUA e por Mabel Cesar no BR) que parte em busca de seus filhos.
   Seu ponto forte pode não ser a aventura, mas não parece que a obra queria que realmente fosse. O seu objetivo é mostrar, como explícito no título adaptado para o Brasil, a forte relação entre os dois irmãos. O filme foi dirigido por Dan Scanlon (mesmo diretor de Universidade Monstro e Carros), o irmão mais velho da família que se inspirou para fazer o filme após encontrar vídeos de seu falecido pai. Assim, o filme pode fazer com que algumas pessoas do público se indentifiquem, podendo tirar lágrimas facilmente pela sua pessoalidade. 
   Devido aos acontecimentos do corona vírus, os produtores decidiram fazer um nota perante o fechamento dos cinemas e frisaram que o filme vai ter um grande adiamento para as mídias digitais.
   Dois irmãos: uma jornada fantástica é outra obra da Pixar de fazer muitos saírem soluçando do cinema e, com certeza, está entre meus filmes favoritos do estúdio.
   

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